Eu só comecei a aprender a importância do tecido para a costura de uma roupa na prática. Pensar no caimento, na composição do tecido, isso tudo são fatores que influenciam no resultado final da roupa que será costurada.
Atualmente, eu percebo uma generalização na qualidade dos tecidos para pior. Quantas vezes compramos uma roupa e, com o passar do tempo, o tecido perde o brilho e a sua integridade muito mais rápido do que gostaríamos?
A ideia para escrever este post surgiu quando eu vi a minha “antiga saia nova” pela primeira vez e soube que aquela saia tinha pelo menos 20 anos! Eu fiquei muito surpresa de ver um tecido tão antigo em tão bom estado. Ele não estava desbotado ou puído e, mesmo depois de ter sido usado inúmeras vezes, e ter ficado tanto tempo guardado, ele ainda estava perfeito.
No minuto em que eu comecei a reformar a minha saia, eu vi a marca da Fábrica Bangu no tecido e entendi, pela primeira vez, a qualidade tão falada desses tecidos.
Eu cresci com a minha avó contando as estórias da Fábrica Bangu: Como a sirene da fábrica tocava todas as manhãs, nas pessoas arrumadas indo trabalhar na fábrica e em como ela tinha o sonho de trabalhar na fábrica quando crescesse. A fábrica fechou antes da minha avó ter idade para trabalhar nela, mas, até hoje, ela conta com alegria como os tecidos da Fábrica Bangu influenciaram sua vida.
Além da minha saia ter mais de vinte anos de existência e ter sido costurada pela minha avó, seu tecido me traz as pequenas lembranças das estórias por trás dele. As estórias de como o universo dos tecidos e da costura sempre estiveram presentes na minha família!
As pequenas estórias por trás de uma roupa ou de um item feito à mão me fazem admirar cada vez mais o trabalho artesanal!
E vocês? Alguém tem alguma estória por trás do seu trabalho craft?
Até a próxima,
Thaís
