No final do ano passado, eu estava em busca de algo diferente para eu fazer. Quem acompanha o Landscape há um bom tempo, sabe que de tempos em tempos eu gosto de experimentar uma técnica nova de artesanato.
Eu já trabalhei com diversos tipos de artesanato: crochê, um pouquinho de tricô, bordados, corte e costura, reciclagem e biscuit. Mas eu nunca tinha me aventurado a trabalhar com papel machê. Eu sempre achei a técnica muito interessante e depois que eu sonhei que construía um farol, eu achei que era o momento perfeito de experimentar esse novo universo.
Pelas minhas pesquisas, existem várias maneiras de se fazer o papel machê. Como a minha intenção era experimentar uma técnica nova, eu segui a receita de papel machê mais simples que eu encontrei. Eu só precisava de jornal e cola.
Eu deixei o jornal rasgado em tiras de molho por mais de 24 horas. Depois disso, eu retirei toda a água, desmanchei as tiras de papel em pedaços menores e, aos poucos, acrescentei cola. Eu usei cola Cascorez e essa foi a parte mais difícil do processo. Como eu nunca tinha feito esse tipo de massa, eu não conhecia o ponto. Eu simplesmente acrescentei cola na mistura até todo o jornal molhado se tornar uma massa uniforme e cinzenta. Era como amassar uma massa de pão, mas feita de jornal e cola branca =)
A primeira massa levou muita cola. Eu gastei mais ou menos metade de um vidro grande de cola para 5 folhas de jornal. Apesar da bagunça que fez, porém, a massa ficou bem homogênea e fácil de manusear. Outro ponto importante é que ela durou por mais de 5 dias dentro da geladeira num pote bem fechado.
Com a massa pronta, eu comecei a fazer o farol. Eu usei rolo de papel toalha para a base, papelão para pequenos detalhes e muitos palitos de sorvete. A montagem da peça foi algo muito orgânico e divertido. Todos os dias eu separava um tempinho e trabalhava um pouco no farol. Eu não pensei muito, eu apenas colocava detalhes, cortava palitos e decorava o meu farol.
Se eu não me engano, eu levei cerca de duas semanas para terminar todo o processo (da confecção da massa até a pintura com tinta acrílica e pastel à base de óleo), mas a base do farol deve ter demorado mais de um mês para secar completamente.
A demora da massa para secar foi algo que me surpreendeu. Eu estava acostumada com biscuit, uma massa que seca muito rápido. Com papel machê, tudo é muito mais lento. Isso me permitiu analisar e modificar os detalhes durante todo o processo. Outro ponto importante é que durante a minha experiência com a massa, eu percebi que ela sempre precisou de sustentação. Eu tentei fazer pequenos bonequinhos e foi impossível sem ter uma estrutura por baixo dela.
Esse foi um dos melhores projetos que eu fiz no final do ano passado! Além de experimentar algo novo, foi muito divertido moldar aquela grande mistura de jornal e cola.
Para dar um toque final ao meu farol, eu comprei luz de led com ligação à pilha e coloquei dentro dele. Além de uma miniatura, ele se tornou um simpático abajur!
Como eu adorei toda a experiência, eu não consegui parar no farol. Eu já construí duas casas em miniatura e fiz uma máscara de raposa =)
Até a próxima e se cuidem,
Thaís
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